Os primeiros telefones em Natal surgiram, conforme Câmara Cascudo, entre
1908 e 1911. Em 1918 a prestação do serviço era feita pela empresa
paulista Tração Força e Luz (energia elétrica, bondes e telefonia). O
gerente era João batista Vasquez que residia em São Paulo e por aqui
aparecia periodicamente. As ligações eram feitas através de um pool de
telefonistas que trabalhavam na sede da Empresa que fiava na Avenida
Tavares de Lyra na Ribeira.
Luis da Câmara Cascudo em 1979, destacava que os natalenses mais ricos faziam o gesto de combinar uma ligação telefônica simulando o giro de uma manivela, típica dos primeiros telefones da cidade. Esse gesto foi posteriormente transformado na simulação da “discagem” nos anos que antecederam os aparelhos com teclas. Os serviços públicos, de uma maneira geral, eram extremamente ineficientes e se encaminhavam para um colapso total e as reclamações foram se acumulando. Natal chegou a ficar três dias sem o serviço de bondes. Em 1921 o governador Antônio José de Melo e Souza visando atender o interesse público criou a Repartição de Serviços Urbanos com a missão de gerir a prestação dos serviços de bonde, de coleta de lixo, de produção, conservação e venda de gelo, geração e distribuição de energia elétrica e telefonia. Dessa forma os serviços públicos foram estatizados em Natal. O seu primeiro diretor-gerente foi o escriturário do Tesouro João Sizenando Pinheiro. A repartição funcionava na Avenida Tavares de Lyra.
Ao longo dos anos seguintes ocorreu melhora nos serviços, mas em 1929 o governador Juvenal Lamartine de Faria, com aprovação da Assembléia Legislativa deu o passo inverso e autorizou a privatização de parte dos serviços e foi autorizado a contratar empresa privada para voltar a prestar serviços de eletricidade e telefonia.
As ligações telefônicas públicas automáticas só aconteceram em 1942, no início da II Guerra.
Em meados dos anos 50 a Radional, Radio Internacional do Brasil, americana, foi encarregada de prestar o serviço de ligações telefônicas interurbanas em Natal. O sistema funcionava com apenas um canal e operava em baixa freqüência de rádio, normalmente muito ruidoso. Efetuar ligações interurbanas era um privilégio restrito praticamente às autoridades estaduais, e como era difícil completar uma ligação! A estação ficava na “Corrente” onde hoje é o Conjunto Potilândia em Lagoa Nova, e a conexão era essencialmente para o Rio de Janeiro (capital federal) e demorava horas para se conseguir uma condição apenas razoável de comunicação. Os usuários mais freqüentes eram o Governador Dinarte Mariz e o Deputado Djalma Marinho. Quando a ligação local não era possível era necessário se deslocar para a Radional que funcionava próxima a Estação Ferroviária, para se comunicar com o rio de Janeiro. A Telern, Companhia Telefônica do Rio grande do Norte só foi criada em 1963, no Governo Aluísio Alves, e possibilitou os primeiros passos para a integração interestadual pelas telecomunicações através da repetidora de Serra de Santana com a possível execução de ligações interurbanas entre natal, Macaíba, Ceará Mirim, Mossoró, Angicos, Lajes, Caicó, Pau dos Feros e Currais Novos.Fonte:
Luis da Câmara Cascudo em 1979, destacava que os natalenses mais ricos faziam o gesto de combinar uma ligação telefônica simulando o giro de uma manivela, típica dos primeiros telefones da cidade. Esse gesto foi posteriormente transformado na simulação da “discagem” nos anos que antecederam os aparelhos com teclas. Os serviços públicos, de uma maneira geral, eram extremamente ineficientes e se encaminhavam para um colapso total e as reclamações foram se acumulando. Natal chegou a ficar três dias sem o serviço de bondes. Em 1921 o governador Antônio José de Melo e Souza visando atender o interesse público criou a Repartição de Serviços Urbanos com a missão de gerir a prestação dos serviços de bonde, de coleta de lixo, de produção, conservação e venda de gelo, geração e distribuição de energia elétrica e telefonia. Dessa forma os serviços públicos foram estatizados em Natal. O seu primeiro diretor-gerente foi o escriturário do Tesouro João Sizenando Pinheiro. A repartição funcionava na Avenida Tavares de Lyra.
Ao longo dos anos seguintes ocorreu melhora nos serviços, mas em 1929 o governador Juvenal Lamartine de Faria, com aprovação da Assembléia Legislativa deu o passo inverso e autorizou a privatização de parte dos serviços e foi autorizado a contratar empresa privada para voltar a prestar serviços de eletricidade e telefonia.
As ligações telefônicas públicas automáticas só aconteceram em 1942, no início da II Guerra.
Em meados dos anos 50 a Radional, Radio Internacional do Brasil, americana, foi encarregada de prestar o serviço de ligações telefônicas interurbanas em Natal. O sistema funcionava com apenas um canal e operava em baixa freqüência de rádio, normalmente muito ruidoso. Efetuar ligações interurbanas era um privilégio restrito praticamente às autoridades estaduais, e como era difícil completar uma ligação! A estação ficava na “Corrente” onde hoje é o Conjunto Potilândia em Lagoa Nova, e a conexão era essencialmente para o Rio de Janeiro (capital federal) e demorava horas para se conseguir uma condição apenas razoável de comunicação. Os usuários mais freqüentes eram o Governador Dinarte Mariz e o Deputado Djalma Marinho. Quando a ligação local não era possível era necessário se deslocar para a Radional que funcionava próxima a Estação Ferroviária, para se comunicar com o rio de Janeiro. A Telern, Companhia Telefônica do Rio grande do Norte só foi criada em 1963, no Governo Aluísio Alves, e possibilitou os primeiros passos para a integração interestadual pelas telecomunicações através da repetidora de Serra de Santana com a possível execução de ligações interurbanas entre natal, Macaíba, Ceará Mirim, Mossoró, Angicos, Lajes, Caicó, Pau dos Feros e Currais Novos.Fonte:
FONTE - nataldeontem.blogspot.com
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